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Sobre o Subprojeto

THE BOOK IS ON/ABOVE/UNDER/BESIDE THE TABLE: PELA CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS REFLEXIVAS E CONTEXTUALIZADAS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA.

Esse subprojeto, lotado na Licenciatura em Letras Língua Inglesa e Literaturas do Departamento de Ciências Humanas – Campus IV, Jacobina, centra-se na necessidade de fortalecimento do ensino de língua estrangeira (LE), mais especificamente de língua inglesa, na educação básica sob jurisdição da DIREC 16, com sede no município de Jacobina-BA, mas que atende aos municípios de Caem, Miguel Calmon, Varzea do Poco, Umburanas, Capim Grosso, Sao Jose do Jacuipe, Morro do Chapeu, Caldeirao Grande, Serrolandia, Jacobina, Saude, Quixabeira,
Mirangaba, Ourolandia, Varzea Nova. Para tanto, partimos do pressuposto, como enunciado em nosso projeto de curso,
de que

“Toda e qualquer forma de sociedade que exista no mundo se organiza e estrutura todas as suas atividades através da língua, visto ser esta um elemento fundamental para a veiculação de cultura, formação. (...) Dentro dessa perspectiva, a de percepção da função da língua dentro de uma sociedade, insere-se uma outra: a da centralização do indivíduo nesse processo de uso lingüístico, de inserção de suas marcas individuais e ao mesmo tempo
sociais, de agente no “fazer” lingüístico e social, uma vez que, obviamente, é o indivíduo o responsável pela propagação lingüística e pelas mudanças sociais, políticas, históricas, culturais, literárias e artísticas. A sua forma de usar a língua reflete sua ideologia, seu padrão social, seu nível cultural e sua forma de ver o mundo. Desse modo, pode-se afirmar que a forma como os indivíduos vêem, compreendem e agem está determinada por variados
aspectos do funcionamento da língua e da linguagem. Seguindo essa linha de raciocínio, o estudo da língua não se restringe apenas ao seu conhecimento formal, de regras gramaticais, mas envolve também o conhecimento das relações sociais e políticas em torno da língua, o seu potencial culturalmente produtivo, as marcas históricas construídas pelos indivíduos e a sua percepção ideológica da sociedade.” (2010, p. 39)

Entende-se, portanto, que o ensino e o aprendizado de uma língua estrangeira precisam ser encarados em sua complexidade, visto que, ao possibilitar ao aprendiz ampliar a percepção do mundo multilíngüe e multicultural no qual vive, além de desenvolver conhecimentos acerca das competências linguísticas gerais – tais como a leitura, a escrita, a fala e a compreensão auditiva – enriquece seu repertório não somente linguístico, mas cultural, social e identitário.

Contudo, o processo de construção destes saberes exige que o trabalho pedagógico seja pensado e organizado de modo que proporcione aos aprendizes experiências significativas de contato com a língua estrangeira e de uso da mesma para que, desta forma, os mesmos se sintam não somente motivados a aprender, mas também capazes de dar sentido a este aprendizado frente ao contexto mais amplo de sua formação escolar. Espera-se assim, que o ensino de LE na educação básica – em consonância com as propostas formuladas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (1998; 2000; 2006), que direcionam o trabalho pedagógico tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio – extrapole o contato com exercícios mecanicistas de leitura e escrita.

Ademais, é preciso frisar que o PIBID se estrutura como uma resposta à crise pela qual as licenciaturas passam, a saber, a da evasão discente e baixa procura, por motivos de ordens históricas, culturais, sociais e, não menos importantes, econômicas. A fixação do discente nesses cursos para formação de professores para educação básica é um dos grandes desafios a ser encarado e, acreditamos não se dá apenas por meio de seu acompanhamento acadêmico – por meio dos encontros de formação, das orientações, da ida à escola etc – mas também pela
possibilidade de inserção efetiva na cultura escolar, pela crença em seu aprimoramento, pelos meios mínimos de sustento que lhe garantam acesso a materiais de estudo, por exemplo. Desse modo, o PIBID de fato tem sido efetivo para qualificar a formação desse futuro docente e para incentivá-lo a ir para o ensino fundamental como primeira escolha e não a última dentre outras alternativas (tradução, escolas de idiomas, empresas privadas etc) – uma das grandes dificuldades em nossa área de formação, haja vista sua especificidade e a a demanda por profissionais que dominem de modo proficiente a língua inglesa.